Starting over

À escrita. Esperemos. Para mim escrever nada tem a ver com blogs, escrevo (escrevia) em papel, com caneta permanente e com a clara noção que eram palavras que apenas teria coragem de mostrar a 2/3 pessoas. Me lo echaba de menos (que é como quem diz, já tinha saudades). Com esse propósito, claro ao mudar-me para Barcelona, trouxe o caderno azul escuro do Principezinho e o celestial Friendship. Mas esses são elos de comunicação com a minha Nuvem e pensei que também fazia falta algo contemporâneo, introspectivo e perene. Bem como tinta, porque os meus tinteiros já secaram há algum tempo. Assim, no dia em que revi a Bocatta (que saudades, Rute!) onde estreara o caderno do Principezinho, reencontrei também a Papyrum, com menos máscaras do que me recordava (a minha é definitivamente a mais bonita que já vi) e com uma senhora adorável que ficou encantada quando lhe expliquei que adorava aquela loja há anos e que a procurava há dois dias. Voltei com os olhos a brilhar pelo ar indescritível que sempre respiro neste espaço. Comigo vieram cargas de tinta azul safira para a caneta do principezinho (da mesma marca do Bleu Nuit), um caderno do Byron, para a minha Waterman azul escura um belíssimo boião Terre de Feu e a calma voracidade de um futuro...